quarta-feira, 14 de março de 2012

Cap. I


TODA ESSA LOUCURA SOBRE MORTOS.

Planeta terra 2021.

Capitulo Uno – Onde juntamente com o personagem principal não entendemos nada do que está acontecendo e que vamos ter que esperar pelos próximos capítulos para alguma coisa (ou qualquer coisa) fazer algum sentido. Portanto tenham paciência.

Unicórnios cor de rosa.
         Foi o que Pedro curiosamente viu quando abriu os olhos ao acordar de um pesado sono.
         Reparou também nos lençóis de sua cama, eram brancos com desenhos da Hello Kitty espalhados por todo lado. “Mas que diabos...” Foi a brilhante frase que conseguiu formular ao perceber que não estava de fato em seu quarto. Nosso personagem não é um bom exemplo de brilhantismo.
Olhou mais uma vez para o pôster na parede com unicórnios galopando o arco-íris afora. Olhou para o lado e viu uma estante recheada de ursos de pelúcia e Barbies. Levantou-se, mas sentiu enjôo e uma forte tontura. Sentou na cama novamente e sentiu uma aguda dor de cabeça que latejava desde a testa até a nuca. Resolveu deitar, e como se não tivesse dormido por anos acabou adormecendo de novo.

         Pedro acordou assustado e suando, teve um sonho idiota onde acordava em um quarto de menina revestido por um lindo lençol da Hello Kitty.
         Já havia anoitecido e seu quarto estava completamente escuro. Levantou-se desajeitadamente e procurou o interruptor de luz. Apalpou cegamente a parede tropeçando nas coisas ao redor até que finalmente o achou.
Unicórnios cor de rosa.
         Foi o que Pedro desacreditado viu quando a luz ascendeu.
“Mas o que diabos...”
E lá vamos nós de novo...

         Se aproximou da janela e a abriu afim de tomar um pouco de ar e tentar se lembrar de alguma coisa. De qualquer coisa que poderia ter feito e que o fizeram acordar em um medonho quarto desconhecido e fofo. A noite estava escura e parada. A lua redonda estava pálida e distante. Não que isso faça alguma diferença, mas é sempre bonito e poético falar sobre a lua. Enfim. Pedro levou outra surpresa ao ver que não só o quarto era estranho para ele, mas também a rua, os prédios, e tudo. A cidade em si era algo que
ele nunca tinha visto antes, pelo menos não que se lembrasse. Prédios altos e amontoados, terrenos baldios e carros estacionados inconseqüentemente no meio da rua, alguns de cabeça para baixo e em chamas. Os postes piscavam e muitos já nem emitiam luz alguma. Cerrou os olhos, pois acreditou ver um vulto distante andando lentamente pela calçada do outro lado da rua.  Era um homem de estatura mediana e pelo jeito de andar parecia um bêbado, ou um homem manco, ou um homem manco bêbado. Desviando a atenção do sujeito olhou mais uma vez em volta aquele estranho cenário em que se encontrava tentando colocar nele algum sentido. Não percebendo que a estranha figura o tinha notado e que se aproximava sorrateiramente.
“Arrghhh”: Foi mais ou menos isso que ouviu saindo das entranhas do bizarro homem carcomido se debatendo na cerca que rodeava a casa onde estava. Pedro ficou com medo (como de costume), mas olhou pra aquele ser com uma estranha familiaridade... Como se já tivesse o visto antes inúmeras vezes, como se fossem próximos, como pai e filho.
         - Puta que pariu!... Isso é um maldito zumbi!
Concluiu por fim. E Pedro, diferente de sempre, não estava errado. Tinha mesmo um maldito zumbi do lado de fora do quintal.
        O zumbi manco o encarava com os olhos arregalados explodindo no rosto amarelo e apodrecido até que as estacas da cerca começaram a se despregar em meio á força que o homem estava fazendo com o corpo. O zumbi tenta então escalar o cercado, sim, zumbis são criaturas muito inteligentes, em alguns casos são até capazes de voar e usar armas de fogo. Duvida? Vai ler um pouco a respeito! Mas a força que fez ao impulsionar o corpo para cima fez com que seus dois braços podres se quebrassem ao meio, fazendo-o cair de cara enterrando-a em uma estaca afiada de madeira. O homem parou de se contorcer e de gemer. Parou de fazer tudo, pois não se tem muito a fazer com uma estaca de madeira enterrada em sua cabeça.

         Pedro que já começava a sentir sua cabeça latejando mais uma vez, agora vomitava compulsivamente em um lindo e felpudo tapete da Dora a Aventureira.


CONTINUA.
(Mas isso você já sabia)